Sinais da Palavra

11.º Domingo do Tempo Comum – Ano B

Por: Pe. Nuno Azevedo

“E todas as árvores do campo hão de saber que Eu sou o Senhor; humilho a árvore elevada e elevo a árvore modesta, faço secar a árvore verde e reverdeço a árvore seca. Eu, o Senhor, digo e faço”, diz a profecia de Ezequiel.

Uma profecia. Falando talvez mais do que das árvores. Falando de um Senhor que dá sentido ao nosso viver. Um Senhor que diz e faz. E espera frutos de cada um de nós.

Partindo também de imagens do campo, Jesus apresenta-nos o reino em parábolas, no evangelho segundo São Marcos: a semente que vai crescendo e produz fruto, sem o homem saber como; e o pequeno grão de mostarda, que se torna a maior planta da horta.

Não importa a pequenez do princípio, importa o fruto final. Um crescer, amadurecer e dar fruto que é deixar o Reino de Deus crescer em nós. Até que a hora da colheita seja a do próprio Reino.

São Paulo, na sua segunda Epístola aos Coríntios parte de uma grande certeza: “nós estamos sempre cheios de confiança, sabendo que, enquanto habitarmos neste corpo, vivemos como exilados, longe do Senhor, pois caminhamos à luz da fé e não da visão clara”.

Ainda não é o tempo da visão clara, do pleno conhecimento, da total união com o Senhor, esse “irmos habitar junto dele”. É o tempo do acreditar, à luz da fé, com a certeza de que chegará esse “comparecer perante o tribunal de Cristo”. Até lá, o empenhar-se “em ser-Lhe agradáveis” de que fala o apóstolo.


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