Sinais da Palavra

13.º Domingo do Tempo Comum – Ano B

Por: Pe. Nuno Azevedo

Uma grande afirmação do livro da Sabedoria: “Não foi Deus quem fez a morte, nem Ele Se alegra com a perdição dos vivos”. E completa-a: “Pela criação deu o ser a todas as coisas, e o que nasce no mundo destina-se ao bem”.

Porque, não é de condenação, mas de salvação que falamos. Porque somos criados para a vida. Porque Deus vem salvar.

Jesus, o Senhor da vida, vem em auxílio das fragilidades humanas. Ao curar a mulher que tanto e há tanto tempo sofria, mas confiava nesta cura ao pensar: “se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei curada”. Apenas lhe pede que reconheça o dom recebido, que se dê conta da força salvífica que a invade, ao perguntar: “quem tocou nas minhas vestes?”. E por fim, ao dizer-lhe: “Minha filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e fica curada do teu mal”.

Mas, nas palavras de Jesus a Jairo, pai que lhe pedira para curar a sua filha, mas que agora recebera a notícia da sua morte: “não temas; basta que tenhas fé”, esta certeza da vida que Ele vem trazer, desta novidade que é preciso acreditar, desta vida que vence a morte. Porque Jesus vem salvar. E diz àquela menina: “Menina, Eu te ordeno: Levanta-te”.

Ao lembrar aos Coríntios a força da generosidade, São Paulo afirma a “generosidade de Nosso Senhor Jesus Cristo: Ele, que era rico, fez-Se pobre por vossa causa, para vos enriquecer pela sua pobreza”. E até fala de uma igualdade que tem de ser base para a sociedade: “nas circunstâncias presentes, aliviai com a vossa abundância a sua indigência para que um dia eles aliviem a vossa indigência com a sua abundância”.


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