Sinais da Palavra

13.º Domingo do Tempo Comum – Ano C

Por: Pe. Nuno Azevedo

“Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade”, diz-nos São Paulo na sua carta aos Gálatas.

Fomos chamados, como Eliseu por Elias, no Primeiro Livro dos Reis, para a missão de profetas, para seguir Jesus, como os que desafia no evangelho com o convite simples “segue-Me”.

Mas, ignorar este chamamento, fazer de conta que este desafio não é para nós, é tão mais fácil do que a mudança que ele implica, do que o deixar para trás, em vez de continuamente olhar para trás.

Porque se somos chamados à liberdade, facilmente nos aprisionamos nos nossos desejos, nos nossos sonhos de vida, nos ódios e vinganças com que vamos recheando a nossa relação com os outros. Liberdade sobre a qual São Paulo diz: “por isso não fazeis o que quereis”.

Mas, responder e aceitar este chamamento implica a coragem de cortar com o de sempre, como Eliseu que até queima o arado com que trabalhava. Implica ouvir Jesus que responde às condicionantes que queremos acrescentar: “as raposas têm as suas tocas e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”, e ainda: “deixa que os mortos sepultem os seus mortos”. Até concluir: “quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus”.

Afinal, “o Senhor é a minha herança”.


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