“A fé é a garantia dos bens que se esperam e a certeza das realidades que não se veem”, diz-nos a Epístola aos Hebreus.
Mas, afinal, o que se espera? Que realidades não visíveis se têm como certas?
E Jesus diz-nos, no evangelho: “porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará o vosso coração”. E se apenas esperamos os tesouros deste mundo, se apenas se tem por certo o que faz parte desta vida, ou, ainda mais, se apenas se espera sempre o pior, numa atitude tão pessimista de quem até diz que o inferno “já se vive aqui”, onde está a fé? Para quê esperar?
“Todos eles morreram na fé, sem terem obtido a realização das promessas. Mas vendo-as e saudando-as de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra”, diz a Epístola aos Hebreus.
Peregrinos. Estrangeiros. Ainda não na sua terra, essa “pátria celeste” que temos de aprender a esperar. Lá está o nosso verdadeiro tesouro e para lá se volta o nosso coração.
E, sem medos, digamos que esperamos o Senhor. “Estai vós também preparados, porque na hora em que não pensais virá o Filho do homem”.