Diz-nos o salmo: “venha sobre nós a vossa bondade, porque em Vós esperamos, Senhor”.
Mas um esperar, um ser o seu povo chamado, que não nos deixa inativos, mas ter a consciência de que, como povo, partimos e caminhamos nessa mesma confiança. Como Abraão, a quem Deus diz no livro do Génesis: “deixa a tua terra, a tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que Eu te indicar”.
E o Senhor também nos indica essa “terra”, a meta prometida, como lembrava São Paulo ao seu discípulo Timóteo: “Ele salvou-nos e chamou-nos à santidade, não em virtude das nossas obras, mas do seu próprio desígnio e da sua graça”. Por isso “destruiu a morte e fez brilhar a vida e a imortalidade, por meio do Evangelho”.
A Pedro, Tiago e João, Jesus mostra um pouco mais, no alto monte, transfigurando-Se diante deles: “o seu rosto ficou resplandecente como o sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz”. Com palavras humanas, o evangelho procura antecipar o que ultrapassa a compreensão humana, mas esperamos de todo o coração: a glória do Senhor, testemunhada pela Lei e pelos Profetas, por “Moisés e Elias”.
Mas, não ficamos na contemplação, tal como Pedro diz: “Senhor, como é bom estarmos aqui”. Tal como aos três, também Jesus nos diz: “levantai-vos e não temais”, depois de nos ser confirmado que Ele é o Filho de Deus. Porque é preciso “descerem do monte” e caminhar com Ele.
