Somos convidados a meditar o exemplo da fé de Abraão, que parte da sua terra em busca de uma terra prometida, que confia na promessa de uma descendência numerosa. “Abraão acreditou no Senhor, o que lhe foi atribuído como justiça”.
Nós que confiamos na Nova e Eterna Aliança que Deus faz connosco, podemos descobrir em Jesus transfigurado essa promessa, para continuarmos a nossa caminhada, para não deixarmos esmorecer a nossa confiança, para redescobrir tantas vezes o nosso acreditar.
Subamos ao monte, entremos na nuvem sem medo, ouçamos a voz que se faz ouvir: “Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O”.
Mas este ainda não é o tempo de ficar a descansar no monte, do ficar a contemplar essa “glória de Jesus”, confirmada pela Lei e pelos Profetas. Não é o tempo de fazer “três tendas”, nem de dizer como Pedro: “Mestre, como é bom estarmos aqui”.
É tempo de O anunciar, de com Ele subir à Cruz, de compreender e viver o mistério da Sua morte e ressurreição.
É tempo do “permanecei firmes no Senhor”, como lembrava São Paulo, sem esquecer que “a nossa pátria está nos Céus, donde esperamos, como Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo miserável, para o tornar semelhante ao seu corpo glorioso”.