“Porque a minha casa será chamada ‘casa de oração para todos os povos’”, dizia o Senhor em profecia escutada no livro de Isaías.
Um convite a esta universalidade dos que procuram o Senhor, dos que O seguem, como recorda o salmo 66: “os povos Vos louvem, ó Deus, todos os povos Vos louvem. Deus nos dê a sua bênção e chegue o seu temor aos confins da terra”.
Dizia ainda a profecia: “respeitai o direito, praticai a justiça, porque a minha salvação está perto e a minha justiça não tardará a manifestar-se”. Para todos os povos.
A insistência da mulher cananeia, uma estrangeira, no evangelho, faz-nos repensar a nossa oração, tantas vezes insípida e sem esta confiança, mesmo perante as palavras de Jesus que parecem retirar todo o fundamento ao seu pedido: “não é justo que se tome o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos”.
Mas ela não desiste, continua a insistir e acredita que Jesus a poderá ajudar e responde: “é verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa de seus donos”, numa atitude de grande fé, que será elogiada por Jesus: “mulher, é grande a tua fé. Faça-se como desejas”.
São Paulo, que se identifica a si mesmo como “Apóstolo dos gentios” na sua carta aos Romanos, resume esta universalidade da salvação em Cristo, ao afirmar: “efetivamente, Deus encerrou a todos na desobediência, para usar de misericórdia para com todos”.