Sinais da Palavra

23.º Domingo do Tempo Comum – Ano B

Por: Pe. Nuno Azevedo

Perante a tribulação, Isaías é enviado a levar palavras de ânimo e conforto: “tende coragem, não temais. Aí está o vosso Deus; vem para fazer justiça e dar a recompensa; Ele próprio vem salvar-nos”.

E o profeta, no seu livro, apresenta um mundo de transformações, que prepara o coração para tantas das curas que Jesus faz, como a que será escutada no evangelho: “se abrirão os olhos dos cegos e se desimpedirão os ouvidos dos surdos”; “o coxo saltará como um veado e a língua do mudo cantará de alegria”; “as águas brotarão no deserto e as torrentes na aridez da planície”; “a terra seca transformar-se-á em lago e a terra árida em nascentes de água”.

Uma linguagem de transformação, de renovação que o salmo continuará, ao dizer “o Senhor faz justiça aos oprimidos, dá pão aos que têm fome e a liberdade aos cativos”, “o Senhor ilumina os olhos dos cegos, o Senhor levanta os abatidos, o Senhor ama os justos” e “o Senhor protege os peregrinos, ampara o órfão e a viúva e entrava o caminho aos pecadores”.

Não é a forma como Jesus cura aquele surdo que lhe trazem. É a esperança que lhe é devolvida, uma nova vida que lhe é dada, com aquele “Efatá, que quer dizer Abre-te”.

E a resposta dos que testemunham, a quem Jesus pede que “não contassem nada a ninguém”, mas que intensamente “o apregoavam”, dizendo: “tudo o que faz é admirável: faz que os surdos oiçam e que os mudos falem”.

São Tiago é claro na sua epístola: “a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo não deve admitir aceção de pessoas”. E partindo do exemplo concreto da distinção dada aos ricos perante os pobres, lembra: “não escolheu Deus os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do reino que Ele prometeu àqueles que O amam?”.


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