“Quando o pecador se afastar do mal que tiver realizado, praticar o direito e a justiça, salvará a sua vida”, diz a profecia de Ezequiel.
Salvará a sua vida. A vida prometida e eterna. A vida que é dada pelo Senhor, que vem salvar.
Por isso, o que n’Ele confia Lhe pede como o salmista: “lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias e das vossas graças que são eternas”. Porque espera essa mesma misericórdia de um Deus que não olha para as nossas faltas, mas nos trata segundo o seu amor.
Ainda que, como na parábola de Jesus, se diga “não quero” e depois, pelo arrependimento, se vá trabalhar nessa vinha do Senhor. Ainda que, pelo arrependimento, seja necessária uma mudança de vida, como “os publicanos e as mulheres de má vida” que “acreditaram”.
Mas, enquanto o fazer “a vontade ao pai”, como na história do evangelho, ficar apenas nas palavras e nas boas intenções dos que dizem sempre “eu vou, Senhor”, mas de facto não vão, não se compreende e vive a misericórdia de um Pai, a quem dizemos “seja feita a vossa vontade”, mas não apenas pelas palavras, mas com a vida.
Como pedia São Paulo aos Filipenses, tenhamos entre nós “os mesmos sentimentos e a mesma caridade, numa só alma e num só coração”, “os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus”.