27º Domingo do Tempo Comum – Ano A
A paz, a verdadeira paz interior, aquela que nos acalma e nos deixa mais tranquilos, capazes de olhar a vida com esperança, vem de Deus, diz-nos São Paulo. E o Apóstolo aconselha-nos mesmo a abrir o coração a essa paz, que nos guardará em Cristo Jesus.
Mas, uma paz que nos leva a produzir frutos, frutos verdadeiros de vida sem fim…
Porque, como vinha do Senhor que somos, aquela vinha cuidada e protegida de que falava o profeta Isaías, de cepas escolhidas e protegidas, não podemos continuar a produzir «agraços», mas a nossa vida tem de produzir frutos e frutos que permaneçam.
Mas, na parábola do evangelho, em que Jesus nos fala da vinha arrendada pelo proprietário aos vinhateiros que não lhe entregam o fruto, que nem respeitam os seus servos, nem o seu próprio filho, vemos não só a história da salvação, de Deus que envia os seus servos e o seu próprio Filho para que os homens Lhe entreguem os frutos da vida, mas também um convite de Deus.
Olhando para uma história em que o Homem se esquece tantas vezes da verdadeira produtividade de que a sua vida se deve revestir, saibamos nós ser esse «povo que produza os seus frutos» de que falava Jesus no final da parábola; saibamos entregar a Deus frutos verdadeiros de eternidade; saibamos ser não só terreno fértil onde a Palavra produz em abundância, mas trabalhadores incansáveis nessa vinha de Deus, que lhe entregam cada vez mais uma vida cheio de bons frutos, uma vida plena.