Sinais da Palavra

27º Domingo do Tempo Comum – Ano A

Por: Pe. Nuno Azevedo

“A vinha do Senhor do Universo é a casa de Israel”.

Do cântico de amor à vinha de que parte o profeta Isaías, passa-se à desilusão de quem “esperava que viesse a dar uvas, mas ela só produziu agraços”. E continuava o profeta: “Ele esperava retidão e só há sangue derramado; esperava justiça e só há gritos de horror”.

O salmista, porém, partindo da devastação dessa mesma vinha, pede: “Deus dos Exércitos, vinde de novo, olhai dos céus e vede, visitai esta vinha. Protegei a cepa que a vossa mão direita plantou, o rebento que fortalecestes para Vós”.

Jesus, no evangelho, retoma a imagem da casa de Israel como esta vinha, bem tratada e cuidada, confiada “a uns vinhateiros”, que tratam mal os servos que vão receber os frutos e não respeitam, como era ideia do proprietário, o próprio filho que lhes é enviado. “Este é o herdeiro; matemo-lo e ficaremos com a sua herança”, pensaram e fizeram.

Mas, a ideia da vingança, defendida pelos “príncipes dos sacerdotes e anciãos do povo”, é afastada pela afirmação de Jesus, retirada da Escritura: “A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; tudo isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos”. Porque Deus apenas espera os frutos verdadeiros da vida, esse fruto que “permaneça”.

São Paulo fala na sua Epístola aos Filipenses da confiança: “Não vos inquieteis com coisa alguma”. Porque “o Deus da paz estará convosco”.


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