Veja-se nas palavras de Isaías a imagem de Jesus Cristo, “o justo, meu servo, justificará a muitos e tomará sobre si as suas iniquidades”. Este servo sofredor que oferece “a sua vida como sacrifício de expiação” por todos, para que encontrem a salvação e se possam unir ao Senhor Deus, por seu Filho.
Assim nos exorta também a Epístola aos Hebreus: “tendo nós um sumo sacerdote que penetrou os Céus, Jesus, Filho de Deus, permaneçamos firmes na profissão da nossa fé”. Porque ao oferecer-Se por nós, Jesus desafia-nos a este acreditar que dá força, que firma os passos e o viver. “Ele mesmo foi provado em tudo, à nossa semelhança, exceto no pecado”, lembra este texto. E desafia: “vamos, portanto, cheios de confiança ao trono da graça, a fim de alcançarmos misericórdia e obtermos a graça de um auxílio oportuno”.
Partindo do estranho pedido que Lhe fazem Tiago e João, filhos de Zebedeu, Jesus começa por lhes pedir um compromisso maior: “podeis beber o cálice que Eu vou beber e receber o batismo com que Eu vou ser batizado?”.
E à indignação dos outros perante o pedido, Jesus lembra: “quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos”. E esta atitude de serviço não é um pedido estranho, uma vez que Ele mesmo vem servir, vem ensinar pelo exemplo esta entrega. E recorda: “porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos”.