Sinais da Palavra

3.º Domingo da Quaresma – Ano C

Por: Pe. Nuno Azevedo

“Eu sou ‘Aquele que sou’”, dá-Se Deus a conhecer a Moisés, enviando-o ao seu povo, como libertador, porque conhece as suas angústias. Mesmo perante as dificuldades que Moisés coloca, a resposta de uma vontade a cumprir, de uma libertação a acontecer, de uma nova vida a surgir. E um Moisés que, na aliança feita com Deus, responde “aqui estou”.

Mas uma libertação que, ainda hoje, espera a nossa resposta. Uma resposta de conversão, de verdadeiro arrependimento, a começar por cada um, mais do que ficar a olhar para os “castigos” alheios. Aos que pensavam nesse castigo nos galileus, mortos pela crueldade de Pilatos, ou nos habitantes de Siloé, atingidos pela queda da torre, aos que pensam nas desgraças alheias como castigos, aos que pedem a esse “Deus que não dorme” esse “castigo” para os outros, Jesus convida, ainda hoje à verdadeira conversão, a esse arrependimento verdadeiro que liberta e conduz à nova vida, para que não sejamos surpreendidos na morte “de modo semelhante”, ou seja, no pecado.

Aprendamos com a parábola da figueira, de quem se espera fruto, mesmo que não se o encontre. Aprendamos esta misericórdia de um Deus que espera que “venha a dar frutos”, também na nossa vida.

Aprendamos com o que lembrava São Paulo: “tudo isto lhes sucedia para servir de exemplo e foi escrito para nos advertir, a nós que chegámos ao fim dos tempos”.

E ouçamos o desafio: “quem julga estar de pé tome cuidado para não cair”.


Mostrar mais

Artigos Relacionados

Botão Voltar ao Topo