“Foi este Jesus que Deus ressuscitou e disso todos nós somos testemunhas”, dizia São Pedro no livro dos Atos dos Apóstolos.
Somos testemunhas. Mas, como testemunhar, se não o acreditamos? Se não percebemos também nós a profecia do rei David: “Vós não abandonareis a minha alma na mansão dos mortos, nem deixareis o vosso Santo sofrer a corrupção. Destes-me a conhecer os caminhos da vida, a alegria plena em vossa presença”, que Pedro também recorda?
Deixemo-nos iluminar por esse caminho da vida, a que o salmo faz alusão, tornando-nos testemunhas de Cristo ressuscitado. Lembremo-nos, como também desafia São Pedro na sua primeira Epístola, “que não foi por coisas corruptíveis, como prata e oiro, que fostes resgatados da vã maneira de viver, herdada dos vossos pais, mas pelo sangue precioso de Cristo, Cordeiro sem defeito e sem mancha”.
E por Cristo, acreditemos em Deus, “que O ressuscitou dos mortos e Lhe deu a glória, para que a vossa fé e a vossa esperança estejam em Deus”.
E que os nossos olhos não se impeçam de O reconhecer, como os discípulos a caminho de Emaús, mas arda verdadeiramente o nosso coração, “quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras”. Abandonemos a nossa tristeza e as nossas desilusões, deixando que Ele caminhe connosco, pedindo-Lhe: “ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite”.