Não fazer “aceção de pessoas”.
O livro de Ben-Sirá recorda esta atitude em Deus, e afirma: “não favorece ninguém em prejuízo do pobre e atende a prece do oprimido. Não despreza a súplica do órfão, nem os gemidos da viúva”.
Jesus, no evangelho, continuará esta reflexão, apresentando uma parábola “para alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros”, concluindo: “todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado”.
E, ainda que alguns pensem imediatamente que tal questão não se coloca, que não fazem essa distinção entre a sua “santidade” e as “desgraças” nos outros, concretiza mesmo como a nossa oração pode tantas vezes cair no esterilidade das listas das nossas “boas ações”, do querer parecer justificar-nos diante de Deus, do “puxar pelos galões” do que somos “ a mais”, comparado com os “outros homens”.
Porque o fazer aceção começa tantas vezes por este julgar-se superior, por este pensar que se está num patamar acima, por o nem se colocar diante de Deus com verdade, na oração.
Que possamos, nessa mesma verdade, dizer como São Paulo, ao recordar a Timóteo que o “tempo da minha partida está iminente”: “combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé”.