Sinais da Palavra

30º Domingo do Tempo Comum – Ano A

Por: Pe. Nuno Azevedo

Muitos dirão que não passa de um belo ideal: «amarás o teu próximo como a ti mesmo». Um belo sonho, um ótimo objetivo, mas tão pouco concretizável.

Outros, irão desculpar-se com a crescente baixa autoestima: se não gostam de si mesmos, como poderão gostar dos outros, ajudá-los com o bem?

Alguns, irão utilizar o argumento da pouca rentabilidade: que benefício irão ganhar com o amor ao próximo? Quanto lhe pagarão por isso? E a ideia de um pagamento na eternidade não os convence. A serem pagos, que o sejam já… e o mundo parece «pagar» tão bem a desonestidade, a maldade e o passar por cima de tudo e de todos…

Logo desde o princípio, ao povo de Israel, eram apresentados no livro do Êxodo alguns conselhos a seguir neste amor ao próximo, lembrando mesmo que ainda que fosse justo, não se pode privar o pobre e o mais fraco da sua dignidade, recordando sempre como Deus, na sua misericórdia, protege sempre o mais desfavorecido, «a viúva e o órfão».

Por isso, Jesus, no evangelho, recorda que logo a seguir ao amor a Deus «com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito», vem o amor ao próximo, um amor que não é de «restos», conveniências e momentos, mas é um amor tão verdadeiro como o que nós próprios esperamos.

E que não pode ficar apenas nas palavras, em ideais, em projetos para «amanhã»… mas tem de ser vida concreta, real, verdadeira…

Que esse amor, como a fé dos Tessalonicenses que São Paulo exalta, se divulgue «em toda a parte», sendo verdadeiro testemunho cristão.


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