Sinais da Palavra

32.º Domingo do Tempo Comum – Ano B

Por: Pe. Nuno Azevedo

Os mais pobres também são solidários. E atentos às necessidades dos outros. A viúva de Sarepta, interpelada pelo profeta Elias, no primeiro livro dos Reis, é sinal desta atenção e desta generosidade, mesmo na sua situação aflitiva. Sem água, por causa de uma seca severa, sem pão cozido, “mas somente um punhado de farinha na panela e um pouco de azeite na almotolia”, ela dispõe-se a dar o pouco que tem ao profeta, confiada nas suas palavras de esperança: “porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘Não se esgotará a panela da farinha, nem se esvaziará a almotolia do azeite, até ao dia em que o Senhor mandar chuva sobre a face da terra’”.

Jesus, no evangelho, começa por apontar a falsa “caridade”, dos que se aproveitam dos mais desfavorecidos, em vez de os ajudar. E, estranhamente, senta-se “em frente da arca do tesouro a observar como a multidão deitava o dinheiro na caixa”. E termina a elogiar a pobre viúva que “deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante”, ao dizer: “eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver”.

A Epístola aos Hebreus continua a apresentar a singularidade de Jesus Cristo como sumo sacerdote, em comparação aos sumos sacerdotes humanos. “Não entrou num santuário feito por mãos humanas, figura do verdadeiro, mas no próprio Céu, para Se apresentar agora na presença de Deus em nosso favor”. “Não entrou para Se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote que entra cada ano no Santuário, com sangue alheio”. Para concluir: “Cristo, depois de Se ter oferecido uma só vez para tomar sobre Si os pecados da multidão, aparecerá segunda vez, sem a aparência do pecado, para dar a salvação àqueles que O esperam”.


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