Sinais da Palavra

33º Domingo do Tempo Comum – Ano A

Por: Pe. Nuno Azevedo

“Feliz de ti que temes o Senhor e andas nos seus caminhos. Comerás do trabalho das tuas mãos, serás feliz e tudo te correrá bem”, dir-nos-á o salmo, num convite claro a esta fidelidade ao caminho do Senhor, ao longo de toda a vida.

Uma fidelidade que também o Livro dos Provérbios apresenta na figura da “mulher virtuosa”, lembrando o trabalho, mas também a atenção especial aos que precisam, “abre as mãos ao pobre e estende os braços ao indigente”. Mas lembra também este livro como “a graça é enganadora e vã a beleza; a mulher que teme o Senhor é que será louvada”, convidando a confiar não no que é passageiro e enganador, mas no Senhor, que é força e salvação.

Na parábola do evangelho, podem encontrar-se diversas leituras, desde a injustiça da distribuição dos talentos, até à sorte de fazer render na mesma proporção, dos dois primeiros. Mas, atente-se na resposta do Senhor ao último servo, ao que, por medo, escondeu o talento na terra, não o fazendo render: “servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei e recolho onde nada lancei; devias, portanto, depositar no banco o meu dinheiro e eu teria, ao voltar, recebido com juro o que era meu”.

Porque, recebendo muito ou pouco, é importante fazer render o que se recebe, não para benefício próprio, mas entregando sempre mais do que o recebido.

Falando do “dia do Senhor”, lembra São Paulo: “vós, irmãos, não andais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão, porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia”. E conclui o apóstolo: “por isso, não durmamos como os outros, mas permaneçamos vigilantes e sóbrios”.


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