Sinais da Palavra

4.º Domingo da Quaresma – Ano C

Por: Pe. Nuno Azevedo

“Hoje tirei de vós o opróbrio do Egipto”, disse o Senhor a Josué.

Depois da escravidão, a liberdade. Depois da humilhação, a nova vida. Depois da caminhada pelo deserto, a chegada à terra prometida. Então celebraram a Páscoa, a sua passagem para essa nova condição, já com a condição de habitantes da terra, com os frutos que ela produzia.

Uma caminhada que tem também para nós uma meta bem definida, bem visível, do “saboreai e vede como o Senhor é bom”, desta experiência de libertação que nele encontramos.

Ou a desse abraço carinhoso e de vida nova que o Pai corre a dar ao filho, não o repreendendo pela vida libertina que tivera, não o castigando pelos bens perdidos, mas recuperando-lhe a dignidade e dando-lhe uma vida nova. Afinal, “este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado”.

Mas convidando-nos a ultrapassar invejas e incompreensões, na festa do perdão que é para todos, mesmo para aqueles que se põem à parte, convidando a descobrir o verdadeiro sentido do ser irmãos, partilhando essa mesma vida nova. Afinal, “este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado”.

Com a mesma certeza com que o afirmava São Paulo: “as coisas antigas passaram; tudo foi renovado”. Porque afinal, “é Deus que em Cristo reconcilia o mundo consigo, não levando em conta as faltas dos homens e confiando-nos a palavra da reconciliação”.


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