Sinais da Palavra

4.º Domingo do Tempo Comum – Ano C

Por: Pe. Nuno Azevedo

Anunciar plenamente a salvação. Como desafia o salmo: “A minha boca proclamará a vossa salvação”.

Sem medos e inseguranças, mas sendo profeta escolhido e chamado como Jeremias. “Antes de te formar no ventre materno, Eu te escolhi; antes que saísses do seio de tua mãe, Eu te consagrei e te constituí profeta entre as nações. Cinge os teus rins e levanta-te, para ires dizer tudo o que Eu te ordenar”.

Anunciar, ainda que isso implique não “agradar”, não ir de encontro às “expetativas” dos que ouvem, como os habitantes de Nazaré, que esperavam de Jesus os milagres e o espetáculo, ainda que admirados “das palavras cheias de graça que saíam da sua boca”.

Jesus desafia a um acreditar que vai mais além, que ultrapassa o espetáculo ou a “origem”, como a viúva de Sarepta ou o sírio Naamã, um abrir o coração á graça de Deus, confiando nesse amor que vem salvar.

E nesse acreditar, como São Paulo escrevia aos coríntios, vejamos se o fazemos por esse amor, por essa caridade, que “é paciente, a caridade é benigna; não é invejosa, não é altiva nem orgulhosa; não é inconveniente, não procura o próprio interesse; não se irrita, não guarda ressentimento; não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”, para não soar a falso e vazio e de nada ser para a vida.


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