Sinais da Palavra

6.º Domingo do Tempo Comum – Ano A

Por: Pe. Nuno Azevedo

“Diante do homem estão a vida e a morte: o que ele escolher, isso lhe será dado”, diz o livro de Ben-Sirá.

Um escolher que vai além do teórico, da escolha óbvia e imediata pela vida, mas que se concretiza em cada escolha, em cada momento da vida. Escolher sempre a vida. Até porque diz também o mesmo livro: “se quiseres, guardarás os mandamentos: ser fiel depende da tua vontade”.

Ideia que o salmo reforça: “ensinai-me, Senhor, o caminho dos vossos decretos, para ser fiel até ao fim”.

Jesus, no evangelho, clarifica: “não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar”. E completa, mostrando um cumprir que vai além do sentido estrito das palavras da própria lei, dizendo: “ouvistes que foi dito aos antigos”… “Eu porém, digo-vos”.

Assim, não basta o não matar, mas é preciso o evitar a ira, as contendas com os irmãos, o chamar nomes e o julgar sem fundamento, procurando sempre o perdão e a reconciliação. Assim, não basta o não cometer adultério, mas é preciso cuidar os maus desejos, cortando e arrancando tudo o que é “ocasião de pecado”. Assim, não se entende o juramento, mas uma linguagem que “deve ser ‘Sim, sim; não, não’”.

“Uma sabedoria que não é deste mundo”, como diz São Paulo aos Coríntios.


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