Sinais da Palavra

8.º Domingo do Tempo Comum – Ano C

Por: Pe. Nuno Azevedo

“Cada árvore conhece-se pelo seu fruto”, dizia Jesus no evangelho.

Num mundo preocupado em cuidar as aparências, Jesus lembra que o fruto, ainda que a árvore se apresente bem cuidada e podada, vem de dentro, daquilo que tantas vezes não se cuidou, mas que frutifica para além de todas as aparências e tratamentos. E dizia-nos: “o homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, da sua maldade tira o mal; pois a boca fala do que transborda do coração”.

Ao jeito do que lembrava o livro de Ben-Sirá: “quando agitamos o crivo, só ficam impurezas: assim os defeitos do homem aparecem nas suas palavras”.

Mas, as preocupações continuam na imagem que se apresenta, no que os outros pensam de nós, ainda que tantas vezes “um cego” a “guiar outro cego”, hipócritas preocupados com os erros dos outros, com o seu condenar, com o corrigir nos outros os pequenos defeitos que em nós continuam tão grandes. E, também hoje, Jesus nos pergunta: “porque vês o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua?”.

São Paulo lembrava aos Coríntios a nossa verdadeira esperança, a vitória que esperamos em Cristo: “quando este nosso corpo corruptível se tornar incorruptível e este nosso corpo mortal se tornar imortal, então se realizará a palavra da Escritura”.

Porque já não escravos da morte, mas livres em Cristo, em “quem o vosso esforço não é inútil”.


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