Diocese

Gratidão a Deus pelo Papa Emérito Bento XVI

O Bispo de Viseu recebeu com sentido de fé e consternação a notícia da morte do Papa Emérito Bento de XVI.
Depois do anúncio do agravamento da sua saúde nos últimos dias, o Papa Francisco pediu aos cristãos para rezarem por esta intenção. Esta manhã chegou célere a notícia a toda a Igreja e a toda a Humanidade: Morreu o Papa Emérito Bento XVI. Que Deus o recompense por todo o serviço e dedicação à Igreja e ao mundo. Que Deus misericordioso o acolha no Seu Reino e lhe dê o Eterno Descanso.

O Bispo de Viseu em comunhão com toda a Diocese, os presbíteros, diáconos, consagrados, missionários, religiosas, membros de institutos seculares, movimentos, obras, agentes da pastoral e leigos da Diocese, apresentam, em comunhão orante ao Papa Francisco, à Cúria Romana e familiares, os sentidos pêsames pela passagem para a Casa do Pai do Papa Emérito Bento XVI, “o humilde trabalhador da vinha do Senhor”.

Dou graças a Deus pelo dom da vida e ministério apostólico vivido pelo Papa Emérito Bento XVI ao longo da sua vida, ao serviço da Congregação da Doutrina da Fé, durante os oito anos de Pontificado ao serviço da Igreja e da Humanidade. Todos agradecemos a Deus estes anos de recolhimento na clausura, marcados pelo silêncio, oração, contemplação, trabalho e sofrimentos oferecidos pelo Papa Francisco e pela Igreja Universal.

Foi um tempo privilegiado de um verdadeiro retiro espiritual, que a seu tempo há de produzir bons frutos de caridade para a Igreja e para o mundo.

Peço aos nossos sacerdotes que promovam, junto do povo de Deus que lhes está confiado, orações de ação de graças e sufrágios, lembrando a vida, o ministério apostólico e petrino do Papa Emérito Bento XVI. Convidem todos os cristãos das vossa comunidades e pessoas de boa vontade a rezar nas celebrações e a promover outros atos litúrgicos pelo eterno descanso do Papa Emérito Bento de XVI.

Que possamos publicamente, através do toque dos sinos das nossa igrejas e capelas, em momento oportuno para cada comunidade, assinalar com o toque fúnebre a morte e a memória agradecida do Papa Emérito Bento XVI no meio de nós.

Destaco o seu grande humanismo, testemunho de fé e amor a Deus e à Igreja, a sua indomável paixão pela pessoa de Jesus de Nazaré, a sabedoria lúcida como eminente teólogo, mestre e insigne pastor, buscador da verdade, do amor e da esperança.

Como Pastor Universal da Igreja, fica-nos a memória e a gratidão da sua visita a Portugal como fiel intérprete do segredo de Fátima, peregrino deste santuário onde foi marcante a sua presença, ficando impressionado com o silêncio, a oração, o testemunho de fé dos cristãos e de uma multidão de milhares de peregrinos com as velas acesas nas mãos, devotos de Nossa Senhora de Fátima.

Recordo, com muita gratidão, estima, apreço, espírito de fé e testemunho de vida, alguns episódios de quando fui estudante em Roma. Ali tive o privilégio de conhecer e escutar o Cardeal Joseph Ratzinger em vários encontros. Era uma pessoa muito afável no trato pessoal e muito interessada a nosso respeito. Encontrei-o muitas vezes na Praça de São Pedro, no final da tarde ou princípio da noite, com a sua irmã caminhando a rezar o terço. Havia sempre uma troca de palavras e uma saudação fraterna, a que ele respondia com o seu sorriso aberto, feliz e cordial.

O Papa Emérito Bento XVI ficará para sempre na memória agradecida de todos os cristãos e da Igreja como um apaixonado, “simples e humilde trabalhador da vinha do Senhor”.

Rezemos pelo seu eterno descanso. Que Deus o recompense pelas suas boas obras e que agora, na glória do Céus, continue a interceder pelo Papa Francisco, pelos Bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados e leigos, para que a verdadeira renovação da Igreja aconteça nos nossos dias, acabe o flagelo da guerra e a humanidade transformada viva tempos de paz e de concórdia.

Viseu, 31 de dezembro de 2022

António Luciano dos Santos Costa, Bispo de Viseu


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