Cerca de 350 pessoas caminharam em Viseu “por uma vida cada vez mais respeitada”
Viseu foi uma das 12 cidades que, no passado sábado, dia 6 de abril, recebeu a ‘Caminhada pela Vida’, organizada a nível nacional pela Federação Portuguesa pela Vida. Cerca de 350 pessoas deram corpo ao cortejo que percorreu as ruas da cidade, desde o Campo de Viriato ao Rossio.
Mais de três centenas de pessoas, de várias faixas etárias, juntaram-se, num ambiente de convívio, para caminhar pela vida, através de uma manifestação pública e pacífica. O cortejo foi feito ao som da arruada dos ‘Bombinhos’ do Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique e do Grupo de Bombos da Associação Cultural e Recreativa de Teivas, que contou ainda com a participação especial da Associação de Motociclistas Cristãos.
De acordo com Ângela Almeida, uma das responsáveis pela organização local, através da Associação de Defesa e Apoio à Vida (ADAV) de Viseu, tratou-se de “uma manifestação pública e pacífica em defesa da vida”.
A responsável realça que “este ano a caminhada contou com a participação de um grande número de jovens, nomeadamente escuteiros e crianças da catequese, e casais jovens”.
No Rossio, onde os participantes se concentraram no final da caminhada, estiveram ainda representantes do Município de Viseu e da Diocese, com a presença de Ricardo Pais e do Bispo D. António Luciano, respetivamente, e de vários padres que se associaram a esta causa.
O discurso final esteve a cargo de José Dinis, um dos responsáveis da ADAV, que se referiu à caminhada como “uma estratégia para sensibilizar todas pessoas para a valia da vida humana”, que caracterizou como sendo “inviolável”. “Sabemos que nem tudo o que é legal é moral e, às vezes, as leis não são mais que formas de a sociedade se desresponsabilizar pelos que estão a sofrer e tornar amenas as consciências daqueles que, direta ou indiretamente, se veem envolvidos em atos moralmente e eticamente injustificáveis”, disse.
Referindo-se à atual conjetura política, José Dinis realçou que uma das preocupações é alertar a sociedade portuguesa e o poder instituído para que saibam “que há pessoas que acreditam na vida humana como um bem inquestionável” e que “há urgência em dar respostas a quem se sinta desorientado perante algo que não foi capaz de controlar”.
A Viseu juntaram-se nesta caminhada as cidades de Aveiro, Braga, Beja, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Guarda, Lamego, Lisboa e Porto.
edição impressa JB 11/04/2024