Sinais da Palavra

4.º Domingo do Tempo Comum – Ano B

Por: Pe. Nuno Azevedo

“Quem dera ouvísseis hoje a sua voz”, recordará o salmo.

Uma voz que se faz ouvir, claramente, voz profética esperada, anunciada por Moisés: “o Senhor teu Deus fará surgir no meio de ti, de entre os teus irmãos, um profeta como eu; a ele deveis escutar”.

Jesus é esta voz, nova e distinta. Uma voz que convence, porque acompanha a novidade da Sua vida, uma voz que ensina, a voz do “Santo de Deus”, como reconhecerá o espírito impuro. Uma voz que maravilha quem o ouve, pela autoridade, o mesmo que dizer, pela autenticidade, como o recordará o evangelho de São Lucas: “todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas”. Uma voz forte e de verdade, que apenas diz: “cala-te e sai desse homem”.

Mas, uma voz que se faz ouvir continuamente, sempre com a mesma novidade, com a mesma autoridade de trazer em si uma nova vida. “Logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte”, diz o texto evangélico. Logo Jesus tem de continuar hoje a ser anunciado, a ser escutado e conhecido, a ser novidade a proclamar continuamente.

As palavras de São Paulo, aos cristãos coríntios, são um desafio à fidelidade: a quem não é casado a preocupar-se “com as coisas do Senhor”; a quem casou, para com “a esposa”, para com “o marido”. Porque quem é fiel não tem preocupações de verdade, como lembra o apóstolo: “tenho em vista o que mais convém e vos pode unir ao Senhor sem desvios”.


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