“Levanta-te e resplandece, Jerusalém, porque chegou a tua luz e brilha sobre ti a glória do Senhor”, diz o livro do profeta Isaías.
Chegou a tua luz, mas és convidada a resplandecer. Brilha sobre ti a glória do Senhor, mas não podes continuar em ambiente de trevas, porque a Luz te invade e és chamada a uma nova vida.
“Olha ao redor e vê: todos se reúnem e vêm ao teu encontro”, continua o profeta. Esta universalidade da salvação, para todos os povos, como o lembra o salmo, “prostrar-se-ão diante dele todos os reis, todos os povos o hão de servir”.
E como o cumpre a imagem dos magos, “vindos do Oriente”, que perguntam pelo “rei dos judeus que acaba de nascer” e afirmam: “nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-l’O”, que nos é narrado no evangelho segundo São Mateus.
Enquanto seguem a luz da estrela, seguem o caminho certo. Mas, quando pela lógica humana procuram em Jerusalém o rei nascido, perdem-se do caminho. Mas “eis que a estrela que tinham visto no Oriente seguia à sua frente e parou sobre o lugar onde estava o Menino”. E a alegria que sentem, contagia todos os povos, convidados a descobrir neste Menino a verdadeira Luz, a Salvação.
Deus que Se manifesta e Se dá a conhecer a todos os povos, como lembra São Paulo, na sua Epístola aos Efésios: “agora foi revelado pelo Espírito Santo aos seus santos apóstolos e profetas”. E todos os povos conhecem agora esta manifestação, esta revelação: “os gentios recebem a mesma herança que os judeus, pertencem ao mesmo corpo e participam da mesma promessa, em Cristo Jesus, por meio do Evangelho”.
