Quantas tempestades, quantos ventos contrários, não enfrentámos já… quantas vezes não nos sentimos também a «afundar», sem qualquer réstia de esperança, apenas ainda mais curvados pelo peso da dúvida e da descrença.
Afinal, continuamos à procura de Deus nos grandes momentos, naquilo que é demasiado extraordinário, no que espanta e nos derruba. Olhando para a profecia de Isaías, na primeira leitura, procuramos Deus nos ventos tempestuosos, nos terramotos e nos fogos desta vida. E esquecemos que Ele sempre está presente na nossa vida como brisa suave, que refresca e dá alento. E esquecemo-nos de sentir essa mesma brisa, essa mesma presença.
E, como Pedro, até nos assustamos com essa mesma presença, e sentimos a necessidade de provar que é mesmo Ele, Jesus, que vem até nós, para acalmar tempestades e acompanhar-nos a cada instante.
E quando precisamos de acreditar para nos mantermos «à superfície», para não nos afundarmos no pessimismo, começamos a duvidar e a deixar-nos engolir pelas águas revoltas que à nossa volta vão crescendo, perdendo rumos e forças na caminhada do dia-a-dia.
Mas, Jesus, estende-nos sempre a «mão» que não nos deixa afogar. E, acreditando, também nós sentimos a sua força que não nos deixa «ir ao fundo», mas nos faz regressar ao barco que é a Igreja, que segue o seu rumo para a eternidade.
E também hoje Ele nos diz: «Tende confiança. Sou eu. Não temais.»