Sinais da Palavra

2.º Domingo da Quaresma – Ano B

Por: Pe. Nuno Azevedo

Diz São Paulo, na sua epístola aos Romanos: “se Deus está por nós, quem estará contra nós?”. E complementa que Deus, “que não poupou o seu próprio Filho, mas O entregou à morte por todos nós” não estará certamente contra nós, nem nos acusará, já que nos justifica. Nem como eleitos seremos condenados, já que “cristo morreu e, mais ainda, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós”.

Um Deus que não nos pede o sacrifício do próprio filho, como parece fazer a Abraão, a quem “quis pôr à prova”, como refere o livro do Génesis, mas que nos dá em sacrifício o próprio Filho para nos salvar e faz connosco uma aliança de bênção.

Um Deus que as faz ouvir da nuvem sobre o alto monte e nos diz de Jesus, este Filho entregue em sacrifício: “Este é o meu Filho muito amado: escutai-O”.

Um Deus que vem em nosso auxílio, que salva. Na presença de Quem esperamos caminhar, um dia, “na terra dos vivos”, como diz o refrão do salmo.

Depois de anunciar aos discípulos a sua morte, Jesus sobe ao monte com Pedro, Tiago e João “e transfigurou-Se diante deles”. Confirmada pela presença de Moisés e Elias, testemunho da Lei e dos profetas, a Transfiguração é convite a descobrir a glória da ressurreição. Mas, os discípulos estão ainda presos a este mundo, sem entenderem o que lhes é dado a experimentar. E, na voz de Pedro, afirmam: “Mestre, como é bom estarmos aqui”. Mas é preciso descer do monte, aguardar a certeza da ressurreição de Jesus.


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