29º Domingo do Tempo Comum – Ano A
Como tantas vezes nos deixamos iludir pelos elogios deste mundo, pelas palavras enganadoras que parecem nos acariciar e conduzir à tentação de esquecer o que é verdadeiro e o real objetivo das nossas ações, da nossa caminhada.
Como há tantas intenções veladas, escondidas por detrás de uma maldade que, contudo, não podem afetar um coração reto, capaz de seguir a verdade, de se entregar totalmente a Deus, que nos escolhe, que nos protege na «atividade da nossa fé», no «esforço da vossa caridade» e na «firmeza da nossa esperança», como lembrava São Paulo.
Também a pergunta dos fariseus a Jesus escondia as suas verdadeiras intenções, mas a resposta não deixa lugar para dúvidas: «dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus». Porque a Deus devemos dar toda a nossa vida, enquanto que ao mundo damos as suas preocupações, que não nos devem prender.
Embora, como nos lembrava o profeta Isaías ao recordar que Deus escolhe Ciro, rei da Pérsia, para libertar o povo de Israel do exílio, Deus serve-se continuamente do mundo para nos mostrar o Seu Amor feito salvação. E é também no mundo, na vida do dia-a-dia, que lhe devemos mostrar o nosso amor, que lhe devemos dar a nossa própria vida, dando «a Deus o que é de Deus».