Na sua angústia, Job exclama: “os meus dias passam mais velozes que uma lançadeira de tear e desvanecem-se sem esperança”. Habituado ao sofrimento, Job torna-se angustiado, um “coração dilacerado” de que fala o salmo, mas para recordar como “o Senhor conforta os humildes e abate os ímpios até ao chão”.
“Todos Te procuram”, dirão os discípulos ao Senhor, no evangelho.
Procuram o Senhor que cura, que vai ao encontro dos abatidos e desanimados, que dá alento e nova vida. O Senhor que não para, mesmo “ao cair da tarde, já depois do sol posto”, quando “a cidade inteira ficou reunida diante da porta”. Jesus que “curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças, e expulsou muitos demónios”.
Mas Jesus que “retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar”. Porque a oração não tira tempo a toda a sua ação, e Jesus ensina-nos a ter ambas na nossa vida, uma vida agitada, do tanto que há a fazer, do ir “a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também”.
São Paulo, escrevendo aos cristãos de Corinto, recorda a sua própria experiência missionária, concluindo: “Ai de mim se não anunciar o Evangelho”. E completa: “Livre como sou em relação a todos, de todos me fiz escravo, para ganhar o maior número possível. Com os fracos tornei-me fraco, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de ganhar alguns a todo o custo”. Porque o importante é anunciar Jesus, o Evangelho.