Sinais da Palavra B Domingo de Ramos na Paixão do Senhor
“O Senhor deu-me a graça de falar como um discípulo, para que eu saiba dizer uma palavra de alento aos que andam abatidos”, como servo sofredor que Isaías apresenta. “Apresentei as costas àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam”, imagem deste sofrimento, desta entrega que podemos antever em Jesus Cristo.
Ele que “assumindo a condição de servo, tornou-Se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de cruz”, dir-nos-á São Paulo na sua Epístola aos Filipenses. Um servo que se entrega para nos salvar. Um servo que “é o Senhor para glória de Deus Pai”.
Jesus que tem consciência do que se segue e, na narração da Paixão segundo São Marcos, elogia a mulher que “ungiu de antemão o meu corpo para a sepultura”. Um Jesus que vive a última ceia com os seus discípulos, que ora arduamente no jardim das oliveiras, que em silêncio ouve a multidão gritar a Pilatos “crucifica-O!” e que na cruz clama: “Eloí, Eloí, lemá sabactáni?”, antes de expirar.
Um Jesus que morre na cruz para salvar. Pela sua Paixão somos salvos.
